Todo Carioca tem orgulho de sua cidade, apesar de todos os pezares. E, como Obra de Arte que é, feita pelas mãos da Natureza, e sendo eu uma cidadã carioca, o Colóquio das Artes não poderia deixar de homenageá-la. Mas, modéstia à parte, o Rio de Janeiro continua mesmo lindo. O Sol que reina esplêndido traz seu brilho pelas manhãs, sempre com promessas de dias melhores. E nós acreditamos, mesmo se chover. As paisagens sob o sol são de uma beleza tal, que nenhuma desordem urbana consegue ofuscar.
E o Rio completou seu 443º aniversário.
Estácio de Sá foi seu fundador, em 1º de março de 1565.
O primeiro objetivo da fundação da cidade foi a expulsão dos franceses que já se encontravam na área há pelo menos 10 anos.
Ele, Estácio de Sá, morreu em 20 de fevereiro de 1567, em conseqüência de uma flecha envenenada, um mês depois de, finalmente, conseguir expulsar os franceses.
O litoral fluminense sempre atraiu colonizadores portugueses e corsários franceses em razão do rendoso comércio de pau-brasil.
Ocupando posição estratégica no litoral sul da colônia, na Baía de Guanabara, a povoação cresceu como região portuária e comercial.
No século XVIII, com o desenvolvimento da mineração, o Porto do Rio de Janeiro tornou-se o principal centro exportador e importador para as vilas de Minas Gerais, por onde saíam ouro e diamantes e entravam os negros escravizados e os manufaturados, entre outros produtos (os escravos eram considerados assim mesmo, “produtos”).
Em 1763 a cidade transformou-se na sede do Governo Geral, em substituição a cidade de Salvador.
Em 1808, com a chegada da família real, o Rio tornou-se a sede do governo português. Mesmo após a independência, em 1822, a cidade continuou como capital, enquanto a província enriquecia com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Para separar a província e a capital do Império, a cidade converteu-se, em 1834, em município neutro e a província do Rio de Janeiro passou a ter como capital a cidade de Niterói.
Como centro político do país, o Rio concentrava a vida político-partidária do Império e os movimentos abolicionista e republicano. Durante a República Velha, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perdeu a força política para São Paulo e Minas Gerais.
O processo de enfraquecimento econômico e político do Rio continuou após a Revolução de 1930. A economia fluminense não se beneficiou da industrialização, apesar do estado ter sido escolhido para sediar a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, ponto de partida para a implantação da indústria de base em todo o país.
E assim... continua até hoje, com muitos problemas, mas sem perder a majestade, a beleza e a esperança.
Então, PARABÉNS ao Rio de Janeiro e ao povo carioca, que luta para solucionar seus problemas, sem deixar de SORRIR.