segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"BOMBSHELL" OU "PEQUENA NOTÁVEL" ??



Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu em Portugal, na aldeia de Marco de Canavezes, perto do Porto, no dia 9 de fevereiro de 1909. Veio para o Brasil com um ano de idade, acompanhando seus pais. Era a segunda filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha e de Maria Emília Miranda . No Rio de Janeiro, seu pai abriu um salão de barbeiro na rua da Misericórdia, estabelecendo a família no sobrado acima do salão. Carmen estudou numa escola de freiras em Santa Teresa, mas, por dificuldades financeiras da família, precisou trabalhar cedo, o que a afastou dos estudos. Teve o seu primeiro emprego aos 14 anos numa loja de gravatas e depois numa chapelaria. Nesta época a sua família residia num sobrado na Travessa do Comércio, e, para complementar a renda familiar, sua mãe passou a administrar uma pensão doméstica que servia refeições para empregados de comércio. Maria do Carmo tinha um tio que a achava exuberante demais para o pacato nome que tinha, passando, então, a chamá-la de "Carmem" como a heroina da ópera de Bizet. Em 1926, Carmen, que já tentava ser artista, apareceu incógnita em uma fotografia na seção de cinema do jornalista Pedro Lima da revista Selecta, mas foi mesmo descoberta pelo compositor e violonista baiano Josué de Barros que, encantado com seu talento passou a promovê-la em editoras e teatros. Gravou três discos, sem grande repercussão, até atingir o sucesso total com a música de Joubert de Carvalho, Pra Você Gostar de Mim, que passou a ser conhecida como "Taí".
Lançado em janeiro de 1930, esse disco bateu todos os recordes da época, vendendo 35.000 exemplares em um mês. Depois disso, Carmem nunca mais deixou de brilhar. Fazia sucesso não só no Brasil como na Argentina e Uruguai, sempre acompanhada pelo seu grupo musical "O Bando da Lua", tornando-se a estrelíssima do "show business" sul-americano nos moldes internacionais impostos pelos norte americanos, em Hollywood e na Broadway. Desse modo, Carmem conquistou também o gosto exigente dos "irmãos do norte", quando os artistas hollywoodianos Tyrone Power e Sonja Henie, em visita ao Brasil, a viram se exibindo no Cassino da Urca, já com a primeira fantasia de baiana idealizada por ela própria. Ficaram tão encantados que a recomendaram ao empresário Lee Schubert, que a contratou para ser uma das principais intérpretes da revista musical "Streets of Paris" (Ruas de Paris), montada no Broadhurst Theatre, em plena Broadway.
A figura carismática de Carmen tomou de assalto o público nova-iorquino, que se encantou também por aquela exuberante criatura, exoticamente vestida, que cantava com as mãos, com os olhos, com os pés e com os quadris. As lojas da luxuosa Quinta Avenida substituíram as criações de Dior e Chanel pelas fantasias de baiana de Carmen, seus turbantes, sapatos e balangandãs, com bons "royalties" para a cantora brasileira, já, então, carinhosamente apelidada pela imprensa nova-iorquina de "The Brazilian Bombshell" (A explosão brasileira). No Brasil, recebeu de César Ladeira, o então locutor da rádio Mayrink Veiga, o carinhoso apelido de "A Pequena Notável".
Entre 1942 e 1953 atuou em 13 filmes em Hollywood e nos mais importantes programas de rádio, televisão, casas noturnas, cassinos e teatros norte-americanos.
Em 17 de março de 1947 casou-se com o americano David Sebastian, apontado pelos biógrafos e estudiosos de Carmen Miranda como, talvez, um dos grandes responsáveis por sua decadência. David tornou-se seu "empresário" e passou a conduzir mal seus negócios e contratos. Também era alcoólatra e pode ter estimulado Carmem a consumir bebidas, das quais ela logo se tornaria dependente. O casamento entrou em crise já nos primeiros meses, mas Carmen Miranda não aceitava o divórcio pois era uma católica convicta.
Desde o início de sua carreira americana, Carmen fez uso de barbitúricos para poder dar conta de uma agenda extenuante. Tornou-se também dependente de vários outros remédios, tanto estimulantes quanto calmantes. Em 3 de dezembro de 1954, Carmen retornou ao Brasil após uma ausência de 14 anos. Seu médico brasileiro constatou a dependência química deixando-a por quatro meses internada em tratamento numa suíte do hotel Copacabana Palace. Carmen melhorou, embora não tenha abandonado completamente as drogas, o álcool e o cigarro.
Ligeiramente recuperada, retornou aos Estados Unidos em 4 de abril de 1955, retomando, imediatamente, as apresentações. Fez uma turnê por Cuba e Las Vegas entre os meses de maio e agosto e voltou a usar os barbitúricos.
No início de agosto, Carmen gravou uma participação especial no programa televisivo do comediante Jimmy Durante e, na apresentação de um número de dança, sofreu um ligeiro desmaio. Recuperou-se e terminou o número. Na mesma noite, recebeu amigos em sua residência em Beverly Hills. Por volta das duas da manhã, após beber e cantar algumas canções para os presentes, Carmen subiu para seu quarto para dormir. Acendeu um cigarro, vestiu um robe, retirou a maquiagem e caminhou em direção à cama com um pequeno espelho à mão. Um colapso cardíaco fulminante atingiu-a, aos 46 anos de idade. Aurora Miranda, sua irmã, recebeu na mesma madrugada um telefonema do marido de Carmen avisando-a sobre o falecimento. Aurora passou a notícia para as emissoras de rádio e jornais e, Heron Domingues da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi o primeiro a noticiar a morte de Carmem Miranda em edição extraordinária do Repórter Esso.
Em 12 de agosto de 1955, seu corpo embalsamado desembarcou de um avião no Rio de Janeiro. Sessenta mil pessoas compareceram ao seu velório realizado no saguão da Câmara Municipal da então capital federal. O cortejo fúnebre até o Cemitério São João Batista em Botafogo foi acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas que cantavam , em surdina, "Taí", um de seus maiores sucessos.
Sucessos de Carmem Miranda: Alô... Alô? ( de André Filho), Boneca de Piche ( de Ary Barroso e Luiz Iglezias), Ao Voltar do Samba ("Arlequim de Bronze" de Synval Silva), Cantoras do Rádio ( de Alberto Ribeiro e Josué de Barros), Chica-Chica-Bum-Chic ( ), No Tabuleiro da Baiana (de Ary Barroso), O Tique-Taque do Meu Coração ( ), Taí ("Pra Você Gostar de Mim" de Joubert de Carvalho), etc.

Fonte: http://carmen.miranda.nom.br/

http://pt.wikipedia.org/

Bjs,

Lila

domingo, 1 de fevereiro de 2009

PREMIO OOBAAA!!!

Esse selo foi criado com o intuito de promover a confraternização entre os blogs. O PREMIO DARDOS é o reconhecimento ao blogueiro que emprega valores culturais, éticos, literários e pessoais, dentre outros, ao transmitir suas mensagens. Também visa premiar a criatividade e o pensamento vivo que se faz notar em suas palavras. Eu o recebi da Eli do Blog Eli Artes http://www.eliartes.blogspot.com/. Fiquei muito feliz pelo carinho e, como nas palavras da raposa em "O Pequeno Príncipe", sinto uma grande responsabilidade diante de sua admiração. Muito obrigada querida!!!

Bem, o premiado deve seguir as seguintes instruções:

1) Exibir a imagem do selo em seu blog;
2) Linkar o blog que te indicou;
3) Escolher outros 15 blogs a quem entregar o PREMIO DARDOS;
4) Avisar os escolhidos.

Assim, conforme o regulamento do premio e julgando os méritos e realizações, indico os blogs que admiro, visito regularmente e que trazem mais luz à minha vida. No entanto, é claro que existem mais de 15 excelentes blogs, merecedores de todas as honras, mas... preciso indicar 15 deles, então:

Todas são mulheres incríveis, queridíssimas e talentosas.

Bjs,

Lila

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
Antoine de Saint-Exupéry
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